Aqui, a matéria que fiz para a Carioquice com José Castello, escritor e colunista do Prosa&Verso do Globo:
Na foto, a capa de seu (imperdível) livro A literatura na poltrona. Tarefa de doido escolher apenas alguns trechos:
Cada um lê com o que tem, lê com o que é, lê como pode. Não existe leitura perfeita, nem completa; muita coisa, mesmo para os leitores treinados, sempre fica de fora.
Fazer do silêncio um caminho. Da espera, uma resposta. E das respostas, perguntas.
O que me sufocava era sua liberdade.
Da arte, não se pede rigor, mas susto. Ao artista, não se pedem competência e certezas, mas hesitação e desassossego. Do escritor não se espera a palavra bem dita e o português castiço, mas a palvra plena e o pensamento devastador. Se a arte serve para alguma coisa, é para colocar em dúvida as nossas certezas, fixações e ilusões.
Sem paixão ninguém faz arte. É verdade também: ninguém faz nada. Ou se faz, é "por fazer".
Fazer do silêncio um caminho. Da espera, uma resposta. E das respostas, perguntas.
O que me sufocava era sua liberdade.
Da arte, não se pede rigor, mas susto. Ao artista, não se pedem competência e certezas, mas hesitação e desassossego. Do escritor não se espera a palavra bem dita e o português castiço, mas a palvra plena e o pensamento devastador. Se a arte serve para alguma coisa, é para colocar em dúvida as nossas certezas, fixações e ilusões.
Sem paixão ninguém faz arte. É verdade também: ninguém faz nada. Ou se faz, é "por fazer".
Li sua matéria num fôlego só. E fiquei sem ele.
ResponderExcluirA elegância de estilo, a profundidade e a marca pessoal de sempre.
Beijos
Fabio
Que viagem sua matéria, Monica. Parabéns!!!!!!!!!
ResponderExcluirRaquel
Isso não é matéria, é epifania.
ResponderExcluirJúlio
Que maravilha de matéria!
ResponderExcluirFalar o quê?
Deixar as palavras correrem soltas e me apropriar da sabedoria dos versos "Fazer do silêncio um caminho. Da espera, uma resposta. E das respostas, perguntas." ...como um mantra!
Beijos querida!
E viva o mundo da imaginação, da escrita apaixonada e apaixonante que você domina com maestria.
ResponderExcluirJP
Fabio leu num fôlego só, e eu leio e paro, leio e paro, releio, divago, "economizando" pra não chegar ao fim.
ResponderExcluirNa verdade, uma economia boba, já que certamente vou reler ainda outras vezes, em cada uma delas encontrando novas percepções.
Bj
Rubem
Anestesiante. Que presentaço para quem ama as palavras!!!!!!!!!
ResponderExcluirIsso é que é tratá-las como a um cristal.
Bjs e toda a admiração do mundo, Sinelli.
Rafael
Como diz a música, e como não se apaixonar ?...
ResponderExcluirNossa, quanta beleza e substância para reflexão. Matéria encantada, linda, linda...
ResponderExcluirBeijos
M. Helena
Estou zonzo. É a desconstrução da caretice, um chacoalhar nos classicismos de mão única, um convite, enfim, para que saiamos da ilusão de que literatura é coisa a ser "entendida", codificada, compartimentada. Essa matéria tem que ser muito lida, rodar muito tanto por olhos enclausurados (para que sejam agraciados com os ventos do frescor) quanto pelos jovens que se iniciam no "mundo da imaginação" (para que vejam nos livros uma dadivosa companhia e não uma atividade enfadonha).
ResponderExcluirParabéns, é um materaço.
Luís Felipe