domingo, 17 de janeiro de 2010


Acabei de ler "Guinga, Os mais belos acordes do subúrbio", escrito pelo jornalista Mario Marques. Em determinado momento, ele diz: "Uma tarde de papo com Guinga pode causar interferências irreversíveis". Verdade verdadeira.

Aproveito para puxar uma brasinha pro meu peixe, o perfil que fiz para a Carioquice com o poeta das cordas.  Uma conversa de duas horas, em duas poltroninhas lado a lado no lounge do Rio Design Center, no Leblon. Sem um gole de água, café, nada. Gente circulando sem parar, nada que propiciasse um ambiente ideal para megulhar com acuidade e precisão no universo transbordante desse criador, para o qual não há palavras que cheguem. Mas, estranhamente, parecia que estávamos num outro planeta - e estávamos mesmo: o planeta profundo, misterioso e cheio de silêncios da música. Minha entrevista com Guinga foi a mais tocante que fiz na vida.

Olha que que coisa mais linda: “Só eu sei o que fiz para poder fazer uma obra. Só eu sei o sacrifício. Eu não dormia. Saía de casa às cinco da manhã para abrir a minha clínica às seis e meia e ficava lá até as dez da noite. Nunca tirei férias. Compunha dentro do consultório e deixava de dormir para criar – só dormia uma média de três horas por noite.” 


 



Azul Marinho, Arpoador 
 

Lagoa 

 

10 comentários:

  1. Mônica!
    Primeiro de tudo, que bom começar o ano lendo seu pensamento, como você mesma cita, sobre a vida nacional. Realmente, é mais que compreensível você não ter tido vontade de se pronunciar sobre os acontecimentos vergonhosos do final do ano passado. Aliás, não especificamente do ano passado, mas de sempre. E sua abordagem dos últimos e tristes acontecimentos tem a marca que tanto te caracteriza: concisa, contida, mas com um poder de emocionar que é inversamente proporcional à quantidade de palavras e frases que consegue encontrar para refletir sobre momentos tão difíceis e complexos.
    Um beijo do Mauro.

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  2. Sinelli
    Chego aqui por indicação de colegas para encontrar, depois de tanto tempo sem nos falarmos, a inteligência privilegiada de sempre, a visão aguçada, o senso de humor único e o texto primoroso, sem nada a mais nem a menos, irretocável.
    Já virei freguês assíduo da sua padaria. Continuarei a bater o ponto diário para um cafezinho e para provar seus biscoitos finíssimos.
    Grande abraço,
    Luís Claudio

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  3. Olá Moniquete
    Eu já tinha lido sua matéria sobre o Guinga, mas fui ler de novo. E me interessei por ler essa biografia que vc está indicando.
    Adorei também as fotos.
    Bjs querida
    Marília

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  4. Maravilhosa sua matéria com o Guinga. Parabéns!
    beijos
    Helena

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  5. Monica,

    seu espaço continua sendo um refrigério para a alma. Belas imagens, palavras sensíveis e usadas com todo respeito que merecem.
    Mais uma vez,
    Parabéns!!
    Beijos, querida,
    Ana Bousquet

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  6. Mauro,
    Muito obrigada pelo carinho.
    Bj grande.
    M

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  7. LC,
    Que surpesa boa vc por aqui!
    Obrigada pelos elogios e volte sempre.
    Bjs
    M

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  8. Ana!
    Apareceu a Margarida!
    Que bom ter suas palavras de volta.
    Muito obrigada, querida.
    Um beijo.
    M

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