terça-feira, 30 de março de 2010

Simplesmente


Fui ver "Simplesmente eu, Clarice Lispector" (com Beth Goulart). Senti uma saudade imensa de Bethânia.

Beth Goulart, ao final da peça, fala para o público palavras tão delicadas, no sentido que tenhamos um cuidado extremo em relação ao silêncio (externo e, principalmente, interno), para ouvirmos a nós próprios e ao outro.

Ah, o silêncio. Minha companhia fundamental.
 
Deixo aqui esse trecho do livro "Sopro de vida", que não está na peça, mas é recorrente para mim:

"Luto não contra os que compram e vendem apartamentos e carros e procuram se casar e ter filhos. Mas luto com extrema ansiedade por uma novidade de espírito".

E, também, a deslumbrante "Tarde" (Milton Nascimento e Marcio Borges), nessa versão especialíssima com Milton e a participação de Wayne Shorter.

4 comentários:

  1. Oi Mônica!

    Que maravilha vc ter pescado essa antiga e realmente maravilhosa música do Milton.
    Essa apresentação com solo do Wayne Shorter é demais de linda.
    Quanto à peça, não vi...
    Beijos
    Rubem

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  2. Você, como sempre, um primor de elegância e economia.
    "Simplesmente", com apenas uma frase ("Senti uma saudade imensa de Bethânia"), e sem sequer uma única linha de crítica ao espetáculo, conseguiu (pelo menos pra mim) passar a essência do que achou.
    "Simplesmente" e sinceramente, é um poder de síntese atordoante.
    E o trecho escolhido por você do Sopro de Vida é (mais uma vez) "simplesmente" a sua cara.
    Sempre ansiando por "uma novidade de espírito".
    Sempre diferente de todo mundo.
    Deve ser uma dor constante essa falta de correspondência.
    Mas, pressinto, que você deva gostar desse desafio.

    Um beijo,
    Luciano.

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  3. Música linda!!!!!
    Bjs
    Marília

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  4. Sinelli,
    Soberba essa gravação!
    Bjs bjs
    JP

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